Livro apresenta 20 plantas medicinais para ter uma farmácia em casa

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Compartilhar os saberes tradicionais e recuperar a relação de respeito entre o ser humano e a natureza são objetivos das obras do capuchinho.

Autor do já consagrado “Ervas Medicinais: Remédios e Receitas Caseiras da Sabedoria Camponesa”, onde compila, organiza e sistematiza informações sobre plantas que ao longo da historia foram utilizadas no tratamento e cura de inúmeras doenças, Frei Wilson Zanatta segue dedicando-se a recuperar e ampliar os saberes tradicionais no que diz respeito à relação entre a natureza e a saúde do corpo e espírito do ser humano. Durante a 13a Feira Latino Americana de Economia Solidária e a 24a Feira Internacional do Cooperativismo, em Santa Maria (RS), o capuchinho está apresentando a segunda obra em que trata do tema, “Tenha uma farmácia em casa: vinte plantas medicinais para começar uma farmácia viva”, onde detalha com maior atenção uma lista referencial pela qual sugere o início da atividade.

“Cada família pode ter uma farmácia em casa, ou num grupo de família, ou numa comunidade -, explica Zanatta, destacando que um horto medicinal perto de casa representa para cada pessoa a sua própria farmácia viva, caseira ou comunitária. “A mãe natureza oferece nos oferece o que precisamos para ter saúde e qualidade de vida”, completa. O livro, lançado no início do ano está em destaque na banca de produtos do campesinato montada pelo Movimentos dos Pequenos Agricultores na 13a Feira Latino Americana de Economia Solidária e a 24a Feira Internacional do Cooperativismo, em Santa Maria (RS), mas também pode ser adquirido diretamente pela editora do Instituto Cultural Padre Josimo, pelos telefones (51) 32814820 ou (51) 32288107. Em breve também estará disponível na loja online do Instituto através do site www.padrejosimo.com.br .

“É um desafio romper a dependência que foi criada na população com a indústria química e com o poder das multinacionais dos venenos e dos remédios e suas máquinas de propaganda -, reflete Zanatta na apresentação do livro, criticando a busca pelo lucro sem medida, que leva a indústria a não se preocupar de fato com a saúde do povo. “Ganham dinheiro com a doença, por isso promovem a doença com os venenos na produção de alimentos e criam as ilusões de cura com os remédios químicos que viciam e aliviam, mas não apenas não curam como criam novas enfermidades”, acrescenta.

Caminhando na contramão dessa lógica nociva e destrutiva, Zanatta convida cada leitor a participar desse movimento de reencontro com as raízes do ser humano junto a natureza, recuperando os saberes tradicionais desenvolvidos pelos camponeses e sua relação de simbiose com a terra, chama a cada interessado no assunto para aprender mais e fazer mais, por si, pelos seus e pela coletividade.

Neste livro são apresentadas detalhadamente ervas como alecrim, alho, anacauíta, babosa, boldo, casca de nozes, cidreira, cavalinha, couve, espinheira santa, figo da índia, guabiroba, guaco, guaçatonga, limão, linhaça, pata de vaca, penicilina, salsa e tansagem. Também oferece orientações básicas para a construção de um horto medicinal aos interessados, informações para a preparação de chás e medicamentos de plantas medicinais e indica outras publicações referenciais para quem deseja aprofundar seus conhecimentos sobre o assunto.

 

Texto de Marcos Corbari
Fonte: Sul 21

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