Audiovisual resgata trajetória de incidência política das mulheres indígenas brasileiras no Brasil e no exterior e relação com Nações Unidas. Produção é iniciativa do Grupo Temático de Gênero, Raça e Etnia da ONU Brasil e do Centro de Informação Pública da ONU (UNIC Rio), com apoio da Embaixada do Canadá.
Os dez anos da Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas são o mote do documentário Mulheres Indígenas: Vozes por Direitos e Justiça, lançado pela ONU Brasil nesta quinta-feira (29/3), em Brasília (DF). O vídeo recupera alguns momentos do diálogo entre as mulheres indígenas e as Nações Unidas em torno de sua articulação pelos direitos humanos e em defesa de seus povos e territórios, no Brasil e no exterior.
Nos últimos anos, aumentou a presença de mulheres indígenas em reuniões, conferências e audiências internacionais, regionais e locais. O documentário resgata a trajetória política das mulheres indígenas na Comissão da ONU sobre a Situação das Mulheres (CSW, na sigla em inglês), no Fórum Permanente dos Povos Indígenas e sua articulação no Acampamento Terra Livre e no Kuñague Aty Guasu – ambos espaços políticos dos povos indígenas.
O documentário “Mulheres Indígenas: Vozes por Direitos e Justiça” também estabelece o intercâmbio entre Brasil e Canadá pela aproximação de mulheres indígenas dos dois países. O vídeo foi produzido pelo Grupo Temático de Gênero, Raça e Etnia da ONU Brasil e pelo Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio), com apoio da Embaixada do Canadá. Produzido em 2017 e finalizado este ano, faz parte das ações da ONU nos 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
“As mulheres indígenas brasileiras têm demonstrado crescente liderança e participação política. O documentário registra a movimentação que elas têm feito para garantir as necessidades básicas da própria vida e de seus povos, além da garantia do direito às terras e aos territórios indígenas. O documentário mostra também o diálogo com as Nações Unidas, no esforço que as mulheres indígenas têm feito para garantir seus direitos humanos e de seus povos”, afirma Nadine Gasman, representante da ONU Mulheres Brasil e coordenadora do Grupo Temático de Gênero, Raça e Etnia da ONU Brasil.
Marie-Claude Bibeau, ministra de Desenvolvimento Internacional e da Francofonia do Canadá, também chama atenção para o empoderamento político das mulheres indígenas. “Precisamos intensificar nossos esforços para oferecer oportunidades para todas as mulheres, inclusive as mulheres indígenas, expressarem suas preocupações e advogarem por seus direitos. As mulheres indígenas neste documentário sabem disso. Encorajo todos a ouvir suas histórias. E promover esse documentário para que suas vozes possam ser ouvidas não apenas pelo governo e pela sociedade brasileira, mas além das fronteiras do Brasil”, considera.
Maurizio Giuliano, diretor do UNIC Rio, ressalta a importância de dar voz às mulheres indígenas. “Ouvi-las e empoderá-las é o primeiro passo para que possam conquistar espaços em seus territórios, seja nas aldeias ou nas cidades”.
Foto de capa: Os dez anos da Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas são o mote do documentário “Mulheres Indígenas: Vozes por Direitos e Justiça”. UNIC Rio/Natalia da Luz
Fonte: ONU Mulheres