Local: Portal das Linguagens – UPF – Campus I
Abertura: Dia 09/05/2019 às 17h
Datas e horários: Data e horário: De 09 a 31/05/2019 – Das 8h 30min às 17h
Descrição do Evento
A Exposição AMOR QUE MATA- do sonho ao pesadelo do feminicídio no RS, conduz o visitante no mergulho profundo do sonho de amor embalado por poemas de Frida Khalo e Pablo Neruda, em composição com fotografias de Fran Tobin, Francisco Severo e Suelena Moreira para introduzi-los na instalação, construída colaborativamente com mulheres e adolescentes, que aborda o feminicídio em território gaúcho, num convite para a reflexão sobre relacionamentos adoecidos e as saídas possíveis para as mulheres que vivem tal situação.
É da condição humana o desejo de amar e ser amado. De viver a melhor das relações e ter no outro o complemento para que tudo faça mais sentido e o caminho seja mais alegre, leve, divertido.
De modo geral todos os começos são a materialização desse sonho, porém, em muitos casos mais do que caminhar lado a lado, de estabelecer uma relação sadia, há o aprisionamento da alma, do corpo e se instala a violência contra a mulher.
O Rio Grande do Sul ocupa o 14 º lugar no ranking nacional do feminicídio: morte de mulheres em ambiente doméstico ou por misoginia (aversão à mulheres), praticadas por homens, em geral maridos, companheiros e namorados.
Partindo deste contexto a museóloga Doris Couto que foi vítima de violência por parte do Ex-marido, idealizou a exposição, da qual é curadora em parceria com Leila Pedrozo – também museóloga.
Trazer textos de Frida Khalo, uma mulher que viveu um relacionamento abusivo com Diego Riveira, faz com que a narrativa e a reflexão propostas pela exposição, ao mesmo tempo que profunda, tenha a verdade melancólica e dolorida de quem sofreu na pele a violência moral e psicológica em um relacionamento – tipos de violência nem sempre percebidos como violência. Frases de Frida perpassam os diferentes momentos da expografia, diz Doris.
Bustos transparentes representam as 117 mulheres mortas em 2018 por seus namorados, maridos e/ou companheiros numa representação da invisibilidade dessas mortes enquanto resultado de uma prática machista originada na sociedade patriarcal da qual fazemos parte.
Os tipos de violência contra a mulher, até chegar na morte, são apresentados numa escada onde cada degrau representa um desses tipos, muitas vezes negligenciados.
Alguns dos artefatos da Exposição foram produzidos por 16 crianças e adolescentes de um projeto social de Porto Alegre através de oficinas, onde o tema foi tratado. Para Consuelo Garcia, Coordenadora do IDHESCA BRASIL – instituição proponente da Exposição “esse engajamento de crianças e jovens é fundamental na construção de uma sociedade onde os direitos das mulheres sejam respeitados pelos homens e onde as mulheres não se sujeitem a nenhum tipo de violência por achá-las natural. Esse processo de desnaturalização da violência é determinante na construção da cidadania”
Para a Comissão de Direitos Humanos de Passo Fundo (CDHPF), uma das organizações co-promotoras da Exposição, “mostrar a realidade é fundamental para que a consciência seja ativada e, ao ser ativada, possa gerar posicionamento e compromissos concretos. A denúncia é alimento para fortalecer a ação de resistência e de enfrentamento para que nenhum ser humano, nenhuma mulher, passe por situações tão tristes. O amor não pode matar, de modo algum”, justifica Paulo César Carbonari, coordenador geral da CDHPF.
O Museu de Artes Visuais Ruth Schneider, que sediará a exposição com o apoio da Universidade de Passo Fundo cumpre uma de suas funções sociais que é estar acompanhando, denunciando, divulgando ações e ao lado da comunidade buscando alternativas para combater situações como essas. Como também são as práticas cotidianas da nossa Universidade que busca estar sempre próximo e inserida na comunidade através de seus programas e projetos como o PROJUR MULHER (Programa Projur Mulher e Diversidade), CEPAVI (Projeto Clínica de Estudos, Prevenção, Intervenção e Acompanhamento à Violência), PAIFAM (Programa de Acolhimento Interinstitucional às famílias), Projeto Economia Solidária e Equidade de Gênero.
Também apoiam a exposição a FAC (Faculdade de Artes e Comunicação) e o Curso de História.
A exposição tem também o apoio de entidades e associações da Comunidade: Coletivo Feminista Maria Vem com as Outras, Movimento Olga Benário, Caritas, Conselho da Mulher, ACEMUN (Associação Cultural de Mulheres Negras), PLPS (Promotoras Legais Populares), Ocupações, IFSUL (Instituto Federal Sul-Rio-Grandense), UFFS (Universidade Federal da Fronteira Sul).
Importante informar que a Exposição integra a 17ª Semana Nacional de Museus que ocorre em todo o Brasil de 13 a 19 de maio. É uma temporada cultural promovida pelo Instituto Brasileiro de Museus em comemoração ao Dia Internacional de Museus (18 de maio). Nessa edição, 1.114 instituições de cultura de todo o país oferecem ao público 3.222 atividades especiais, como visitas mediadas, palestras, oficinas, exibição de filmes e muito mais!
Currículo resumido do artista, escritor ou palestrante
Curadoras
Doris Couto: Mestranda em Museologia e Patrimônio(UFRGS), Pós Graduanda em Políticas Culturais baseadas na Comunidade (FLACSO/ARGENTINA), Museóloga (UFRGS), curadora independente.
Leila Pedrozo: Museóloga (UFRGS), curadora independente.
Fotógrafos
Francisco Severo- Fotógrafo especializado em Patrimônio
Jeff Carnelutti – Fotógrafo especializado em books artísticos
Suelena Moreira – Fotógrafa gaúcha radicada no Ceará, especializada em fotos do cotidiano.
Fran Tobin – Fotógrafa, estudante de fotografia
Informações adicionais
Nome, e-mail e telefone do responsável pelas informações:
Doris Couto – doris.couto@hotmail.com
Telefones: 51 3026 4133 – WhatsApp 51 999351485 – Cel 53 984581085
MAVRS/UPF – mavrs @upf.br – Telefone: 54 3316 8586
Comissão de Direitos Humanos de Passo Fundo – A/C: Paulo César Carbonari
Telefone: 54 99187 7876