Campanha “Ruas da vergonha”: contra o reconhecimento público da tortura

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A ditadura militar foi um período de brutalidade e intolerância. Centenas de pessoas foram executadas, torturadas e algumas até desapareceram. É um absurdo existirem praças, avenidas e nomes de ruas que homenageiem quem violou direitos humanos.

Está na hora de tirar as marcas da violência que ainda estão nas nossas ruas.

Assine a petição para apoiar a campanha em: www.ruasdavergonha.org

No site você também pode conhecer mais sobre alguns dos assassinos e torturadores homenageados com nomes de ruas.

Rose Nogueira apoia a Campanha!
Ex-presa política e torturada, conta o que passou na prisão e fala da importância de trocar os nomes das ruas.

 

A Comissão Nacional da Verdade listou 434 mortos e desaparecidos políticos durante a ditadura militar no Brasil. Se considerarmos os indígenas, camponeses e jovens de periferia igualmente assassinados pelo regime, os números chegam aos milhares. Muitos tiveram seus corpos ocultados e cerca de 150 permanecem desaparecidos até hoje. Os homicídios eram cometidos por agentes de segurança com uso arbitrário da força em circunstâncias ilegais, utilizando-se de métodos extremamente cruéis. Ao menos 1.8 mil pessoas foram vítimas de tortura. Nenhum desses agentes até hoje foi devidamente julgado nem punido por seus crimes brutais.

Eduardo Suplicy apoia a Campanha!
O vereador, além de apoiar, convida todos para assinar a petição.

 

Recomendações da comissão nacional da verdade

Dentre as recomendações da CNV, está a número 28, que, dentre outras ações, reafirma a importância de: “promover a alteração da denominação de logradouros, vias de transporte, edifícios e instituições públicas de qualquer natureza, sejam federais, estaduais ou municipais, que se refiram a agentes públicos ou a particulares que notoriamente tenham tido comprometimentos com a prática de graves violações”. Da mesma forma, a recomendação nº 30 da Comissão da Verdade da Prefeitura de São Paulo recomenda “a instalação de marcas de memória, a alteração de nomes de ruas e equipamentos urbanos que homenageiam violadores de direitos humanos (…)”.

Esta campanha parte do projeto Ruas de Memória, criado pela Coordenação de Direito à Memória e Verdade da Secretaria de Direitos Humanos da Prefeitura de São Paulo (Decreto 57.146/2016).

Dulce Muniz apoia a Campanha!
Atriz e ex-presa política, conta sobre sua passagem pela prisão e as consequências que sofre até hoje.

 

 

 

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