Inaugurada a segunda edição do Curso de Agentes Defensores/as dos Direitos Humanos

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Encontro inaugural aconteceu no sábado (16/09), com 48 participantes

Lideranças das comunidades de Passo Fundo e região estiveram reunidas no último sábado (16/09), para participar da aula inaugural da segunda edição do Curso de Agentes Defensores/as dos Direitos Humanos, uma atividade formativa organizada pela Comissão de Direitos Humanos de Passo Fundo, em parceria com movimentos sociais e organizações populares do município.

A tarde de encontro iniciou com um momento de acolhida, que contou com a apresentação artística da banda Libertarte. A banda é um dos projetos permanentes do Instituto Libertarte, Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) fundada para buscar através da arte a da socioeducação preventiva e restaurativa de crianças, adolescentes e jovens em conflito com a lei.

A acolhida foi feita pela coordenadora geral da CDHPF, Luciane Zanella, que saudou as e os participantes e reiterou a importância da iniciativa que tem como propósito criar espaços para refletir e conhecer os direitos humanos, a fim de construir uma sociedade mais justa, igualitária e democrática.

As e os representantes das entidades e movimentos sociais que são parceiros na promoção do curso também saudaram os/as presentes. A coordenadora da Associação das Promotoras Legais Populares de Passo Fundo, Valda Belitzki, destacou que “a semente da defesa dos direitos humanos foi plantada naquelas pessoas que realizaram a primeira edição do curso e que se tornaram multiplicadores. Essa semente está germinando e hoje dá mais um passo rumo aos frutos, com o início da segunda edição da formação”.

A educadora popular e representante do Movimento Nacional de Luta pela Moradia (MNLM), Edivânia Rodrigues, que colaborou com a coordenação da primeira edição, também utilizou seu tempo de fala para fazer memória dos aprendizados construídos junto à primeira turma de Agentes Defensores/as dos Direitos Humanos: “a primeira edição do curso foi um momento de muito aprendizado, de muito avanço e muito afeto. Que essa nova edição seja mais um momento para experienciar, construir saberes e sabores, para que a gente possa voltar para os nossos locais de fala e de atuação com ainda mais bagagem, conhecimento e vontade para transformar a realidade”.

Para o representante do Centro de Educação e Assessoramento Popular (CEAP), Valdevir Both, pensar os direitos humanos é uma ferramenta fundamental para enfrentar os fascismos: “reunir lideranças comunitárias para pensar os direitos humanos é fundamental, especialmente para que a gente possa promovê-los em uma conjuntura em que os fascismos estão mais vivos a cada dia. Que esse curso seja uma boa oportunidade para nos encontrarmos em um tema tão importante”, destacou.

O Sindicato dos/as Trabalhadores/as Metalúrgicos/as de Passo Fundo, Marau e Tapejara também é uma das entidades parceiras na promoção do curso e esteve representado na aula inaugural por sua presidenta, Elisandra de Almeida, que destacou a importância de que o conhecimento adquirido ao longo do processo de formação seja multiplicado: “que a gente possa levar todo o conhecimento adquirido aqui para os nossos espaços de atuação, a fim de que sejamos, de fato, agentes de contribuição para a efetivação dos direitos humanos”, salientou.

A vereadora Eva Valéria Lorenzato (PT) que, através de seu mandato apoia a organização do curso e foi uma das coordenadoras na primeira edição, relembrou o desmonte de direitos enfrentado pela população brasileira desde 2016: “Os últimos seis anos foram muito duros para a classe trabalhadora. Muitos dos direitos que conquistamos a duras penas foram retirados e as pessoas que fazem a defesa dos direitos humanos foram atacadas. Então acredito que esse curso é uma iniciativa fundamental para a formação de agentes de luta, que vão nos ajudar a reconstruir tudo o que nos foi tirado nesses anos de retrocesso”, pontuou.

O coordenador acadêmico do Campus de Passo Fundo da Universidade Federal da Fronteira Sul, Leandro Tuzzin, também fez uso da palavra e destacou a parceria da instituição de ensino para a realização do curso: “a história da UFFS foi construída junto com os movimentos sociais e organizações populares. Nossa luta por um ensino público de qualidade envolve as áreas dos direitos humanos, a cidadania, a educação étnico-racial, o cuidado com o meio ambiente, entre outras. Por isso queremos cada vez mais estar junto da comunidade e estamos muito felizes em ser parceiros nessa construção que inicia hoje”, reforçou.

Paulo César Carbonari, um dos coordenadores do curso, apresentou a proposta de organização da atividade formativa e as orientações estratégicas. Em seguida, encaminhou a dinâmica de integração entre as e os presentes a fim de que todas e todos apontassem quais são as suas compreensões acerca dos direitos humanos e suas expectativas para o curso. Também foi feita uma apresentação dos/as participantes.

A próxima etapa formativa está programada para o dia 30 de setembro, sendo um dos 15 encontros a serem realizados para o conjunto do curso. Os três primeiros encontros tratarão de elementos para a compreensão da realidade. Participantes que tiverem 75% de frequência e cumprirem as atividades complementares serão certificados pela Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), que institucionalizou o curso como projeto de extensão em parceria com a CDHPF.

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